sexta-feira, 2 de março de 2012

A fórmula para escolher o melhor emprego para você


No post de hoje, vou falar sobre aquela velha mistura que, vira e mexe, faço aqui: jornalismo com uma pitada de mundo corporativo. Como você, amigo leitor, bem sabe, o mercado de trabalho em comunicação é extremamente restrito, áspero, concorrido e estrangulado (sufocante mesmo!).

Logo, não é todo mundo que tem condições de escolher o local em que deseja trabalhar nem a vaga que gostaria de preencher. Mas, em todas as áreas, alguns poucos privilegiados recebem propostas interessantes e ficam indecisos quanto a mudar de emprego, área ou profissão. Dá aquele famoso frio na barriga, aquela insegurança, como o receio de trocar o certo de hoje pelo duvidoso de amanhã.

Também já vivenciei esse tipo de situação. Às vezes parece que ficamos numa sinuca de bico, numa dúvida realmente cruel. Por isso, desenvolvi uma fórmula para que você possa calcular matematicamente se é uma boa ou não mudar do atual trabalho para aquele do qual acabaram de lhe oferecer uma proposta.

O sucesso no trabalho depende muito do estado de espírito em que nos encontramos. Obviamente, quanto melhor estivermos mais vamos render. Não dá para separar a pessoa que somos do nosso "eu profissional". O pessoal interefere sim na vida laboral. O trabalho depende de felicidade. Para que ela seja satisfatória, vamos tentar medir seu grau com base em cinco fatores.

1) Salário: o salário continua sendo o mais fundamental dos fatores de um trabalho. Os brasileiros, de modo geral, ainda preferem o emprego que paga mais, ainda que o ambiente de trabalho seja ruim ou que façam o que não gostem.

2) Satisfação (fazer o que gosta): uma outra parcela prefere ganhar menos, mas fazer o que gosta, o que ama. São raras as pessoas que ganham bem e ainda fazem o que gostam. Tem gente que prefere fazer o que gosta, ganhar menos e até estar num ambiente pouco agradável.

3) Tamanho da empresa: a empresa que você trabalha é grande, média ou pequena? Ela oferece possibilidades de crescimento profissional, de aumento da visibilidade? A empresa que lhe fez uma proposta agora é maior, menor ou do mesmo tamanho da qual você trabalha atualmente? Que benefícios ambas oferecem? Algumas pessoas preferem ganhar menos em empresas maiores (pela visibilidade = STATUS) e outras preferem ganhar mais em estabelecimentos menores (por ter mais qualidade de vida, menos estresse e menor pressão).

4) Condições de trabalho: a empresa em que você trabalha (ou pretende trabalhar), independentemente do porte, possibilita a você desenvolver um bom trabalho? Permite que você possa mostrar suas qualidades, suas virtudes e seus talentos? Estimula seu desenvolvimento intelectual? Fornece sempre novos desafios para testar seu poder de superação? Tem gente que valoriza muito as condições de trabalho, seja em qual empresa for.

5) Distância de casa: a empresa onde você trabalha (ou que lhe apresentou uma proposta) é perto ou longe da sua casa? Como você vai até o trabalho? De carro ou de condução (ônibus, metrô, trem, lotação...)? Enfrenta muito trânsito? Pode não parecer, mas muita gente descarta ofertas de trabalho por causa da distância e do trânsito. Mesmo que o salário seja bom. Afinal, trabalhar e ganhar bem é bom, mas ninguém quer isso às custas de estresse.

Trabalho a 26km de casa, em outra cidade (moro em São Caetano e trabalho em Guarulhos). Vou de carro. Faço o percurso, em média, em 50 minutos. Menos tempo do que se eu trabalhasse em alguns lugares de São Paulo, cerca de 5km ou 10km mais perto, mas com um trânsito insuportável.

Agora, a fórmula que desenvolvi. Pegue esses cinco fatores. Atribua a eles notas de zero a dez. Depois, pegue os dois fatores aos quais você dá mais importância. Dê a eles peso cinco. Em seguida, pegue os dois fatores aos quais você atribui importância média. Dê a eles peso três.

Para finalizar, some o fator de menor importância no seu trabalho e atribua a ele peso um. Faça a média aritmética. Se o resultado for 7,0 ou mais, você está num bom trabalho ou irá fazer uma troca acertada. Caso contrário, o trabalho em que você está não lhe traz felicidade (por mais que você diga que sim, está se enganando!).

Exemplo: Alguém atribui as seguintes notas aos fatores: Salário: 9,0 / Satisfação: 7,0 / Tamanho da empresa: 5,0 / Condições de trabalho: 8,0 / distância de casa: 4,0.

Suponhamos que, para essa pessoa, a satisfação e o salário sejam fundamentais (peso 5) e que o tamanho da empresa e as condições de trabalho sejam secundários (peso 3), restando peso 1 à distância de casa. A conta ficaria assim. [(5x9) + (5x7) + (3x5) + (3x8) + (1x4)] : 17 (é necessário dividir pela soma dos pesos, ou seja 5 + 5 + 3 + 3 + 1 = 17. Esse número vale para todas as contas. Você sempre vai dividir sua soma por 17).

O resultado do exemplo acima é 123 : 17 = 7,23. Ou seja, se parar para pesar os fatores essenciais de seu trabalho, a pessoa é mais feliz do que triste. Compensa ficar onde está ou ir para a empresa que ofereceu um trabalho com essa média.

Dificilmente o resultado final será 10, pois a felicidade profissional plena existe para apenas 0,0001% da população, ou seja, raríssima, para poucos privilegiados. É claro que não se pode medir o grau de satisfação de alguém com o trabalho por uma ciência exata, por uma conta matemática.

Isso é algo muito subjetivo. Mas, de certa forma, quantifica seu estado de espírito e o ajuda a conhecer os conceitos que possui da própria empresa onde trabalha e a conhecer melhor a si mesmo. Então, pegue uma calculadora e mãos à obra! Um forte abraço.

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Twitter: @leandropress

4 comentários:

  1. Super interessante, Le. Vou repassar aos meus amigos. Parabéns pela autoria da fórmula.
    Beijo
    Isis

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    1. Obrigado amor! Pensei em fazer isso pq muita gente insegura me procura para saber se muda de emprego ou não... hehehe. Um bjo! Saudades!

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  2. Lê... para variar adorei seu post... obrigada por lembrar de mim.... sigo alguns critério de propõe, mas nunca adicionei nota a eles. Outro dia recusei uma proposta de trabalho pela distância... e no dia seguinte o local perto de onde recebi a proposta aparece nos jornais e telejonais por causa do alagamento, e uma pessoa dizendo que quando chove forte isso sempre acontece... Hoje dia temos que levar isso em conta também (rsrs).
    Vou começar usar sua matemática nas próximas propostas...
    Parabéns pelo excelente post.
    bjs

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